Entrevista do Min. Milton Luiz Pereira a Revista Via Legal (2009)
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Milton Luiz Pereira
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Entrevista do Min. Milton Luiz Pereira a Revista Via Legal (2009)
Milton Luiz Pereira
Trata-se de Habeas corpus impetrado por Loira Lombazzi, atriz dramática brasileira, em virtude de ameaças de prisão e deportação deste Estado, perpetrados pelo Diretor do Dispensário Anti-sifilítico, ligado à Repartição Federal do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural.
Narrou a paciente que, o referido Diretor, tomando-a por prostituta, começou a persegui-la e ameaçá-la para que se submetesse a exames que aquela autoridade quisesse. Também tentou obrigá-la a inscrever-se no Pontuário das Prostitutas, devendo comparecer semanalmente na sede do Dispensário para se submeter aos exames.
Como a paciente recusou-se a se submeter aos vexames e arbitrariedades impostos por aquela autoridade, passou a receber multas, associadas a ameaças de processos, de condução coercitiva, prisão e deportação desta Capital.
Em seus fundamentos, argumentou que ninguém pode ser obrigado a se submeter a exames, nem mesmo se fosse uma meretriz. Que a conduta da autoridade ultrapassa os limites de sua competência, cuja função era orientar e educar, jamais compelir pessoas a se submeterem a exames contra as suas vontades. Acrescentou que, se estivesse doente, procuraria um médico de sua confiança e não ao Dispensário. Rogou pela concessão da ordem para que as ameaças, o constrangimento e a coação ilegal cessassem e que não fosse compelida a comparecer e nem a se submeter a exames semanais.
A paciente juntou aos autos a intimação para comparecimento assinada pelo Diretor do Dispensário. A notificação determinava que comparecesse no dia 12 de março de 1921, no Dispensário, sob pena de multa. O que de fato ocorreu: foi-lhe aplicada a multa de 100$000 (cem contos de réis) pelo descumprimento da intimação de comparecimento.
Por meio do ofício nº45, de 28 de março de 1921, foi solicitado ao Diretor do Dispensário que prestasse as informações devidas a respeito dos fatos alegados pela paciente.
Em resposta, o Diretor do Dispensário e inspetor sanitário, Sebastião A. de Azevedo, respondeu que: sua conduta estava de acordo com o que previa o Decreto 14.354, de 15/09/1920, o qual determinava cuidados especiais a pessoas que, por sua ocupação ou hábitos de vida, seriam suspeitas de estar infectadas com doenças venéreas. Que “a mulher Loira Lombazzi era meretriz, residente e coproprietária do bordel estabelecido à rua Voluntários da Pátria nº 6, em Curitiba, exercendo, sem ‘rebouços’ (sic) ou disfarces, o meretrício e, ainda mais explorando-o”.
Argumentou que a paciente estaria debaixo dos especiais cuidados das autoridades sanitárias e teria que se sujeitar à profilaxia das moléstias venéreas para ser curada.
Justificou a aplicação de multa pela previsão que a citada lei fazia no caso de descumprimento da intimação de comparecimento, nominando a paciente por “meretriz” a cada parágrafo de argumentação. Por fim, informou que não houve arbítrio, coação ou ilegalidade e sim, desobediência e má vontade da “contraventora”. Negou ter ameaçado a paciente de prisão e deportação.
Em 31 de março de 1921, o juiz federal, João Baptista da Costa Carvalho Filho, ouviu a paciente em audiência e questionou-lhe se havia naquele momento coação ou ameaça a sua liberdade individual decorrente de algum ato praticado pelo senhor Sebastião A. de Azevedo.
Loira Lombazzi respondeu que recebeu várias intimações para comparecer ao Dispensário, sob pena de ser presa, multada e processada se não atendesse. Que as intimações foram feitas nos seis últimos meses de sua estada nesta cidade, intercaladamente. Foram feitas por escrito e entregues por preposto do Dispensário na sua residência. Disse ainda, que se recusou a comparecer no Dispensário porque estava vivendo aqui maritalmente e não queria que seu nome fosse registado como prostituta, já que tinha profissão diversa.
A manifestação do Procurador da República foi de denegar a ordem, baseado em informações de que a paciente era coproprietária de uma casa de meretrizes no endereço em que alegava ser sua residência. Assim, não haveria coação pois as intimações eram feitas com base em legislação vigente, eis que o fato de ser coproprietária de “uma casa de mulheres” a sujeitava a adquirir as enfermidades previstas na lei.
O juiz federal, João Baptista da Costa Carvalho Filho, não vislumbrou ameaça ao direito pessoal da paciente, pois das intimações juntadas não se inferiu em seus textos ameaças de prisão e deportação. Julgou o Habeas corpus meio inadequado para discussão das multas aplicadas, nem para evitá-las mesmo que ilegais ou extorsivas, nem para impedir que a autoridade administrativa pudesse aplicá-las no futuro.
Era o que constava dos autos.
Loira Lombazzi
Planta da E.F.S.P.R.G. mapa do terreno pertencente ao Coronel Sebastião Madureira.
O terreno desapropriado era de uma fazenda pastoril e agrícola, que ficava na estrada de rodagem que ligaria Ponta Grossa a Castro, entre os km 342+507,90 m e km 351+386,76 m. Os traçado da linha férrea percorriam mais de 11 km, dividindo a propriedade.
Os peritos da Companhia avaliaram que os prejuízos pela passagem da estrada de ferro na propriedade do Coronel Sebastião Madureira, eram equivalentes a seiscentos e quarenta e dois mil e setenta e cinco réis (642$075).
Os árbitros dos réus avaliariam os prejuízos em três contos de réis (3:000$000).
O quinto árbitro, nomeado pelo Juízo Federal, votou pelo laudo dos árbitros dos réus.
Engenheiro Caetano Augusto Rodrigues (empreiteiro geral da Estada de Ferro São Paulo – Rio Grande do Sul).
Planta da Fazenda denominada Rio do Peixe ou Imbaú
A área total do terreno é de 1.028.500.000 m2.
Eram seus proprietários:
Conselheiro Antônio da Silva Prado
Recorte da Coluna do Castello - charge - referente a nomeação de Milton Luiz Pereira ao STJ
Gazeta do Povo
Recorte de jornal: "Ex-alunos promovem evento e valorizam UFPR"
Recorte de jornal: "Minha emoção jamais poderei exteriorizar com palavras"
Recorte de jornal: "Semana jurídica tem hoje outra palestra"
Milton Luiz Pereira
Trata-se de um recorte do jornal "Gazeta do Povo", publicado a 10 de Dezembro de 1973. A reportagem destaca a nova turma de naturalizados paraninfados pelo prefeito Jaime Lerner, em cerimônia presidida pelo então Juiz Federal Milton Luiz Pereira.
Milton Luiz Pereira
Rifa da eleição para a prefeitura de Campo Mourão onde foi eleito Dr. Milton Luiz Pereira
Milton Luiz Pereira
Telegrama de Renne ao Dr. Milton
Trata-se de telegrama enviado pelo Sr. Renne Ariel ao então Juiz Federal Milton Luiz Pereira quando da sua sabatina para o cargo de Ministro STJ.
Renne Ariel